o livro de Daniel
CAPÍTULO 1
SOBRE A VIDA DE DANIEL
Daniel foi um dos
sobreviventes do cerco de Jerusalém promovida por Nabucodonosor rei dos caldeus
em 587AC, onde a cidade foi sitiada e devastada pelo seu exército, e o Rei
Zedequias, junto com os demais superiores foram capturados, e sentenciados, Zedequias
teve que ver seus filhos mortos em sua frente e depois o cegaram, e os demais
foram condenados à morte pelo mesmo Nabucodonosor, que cumpriu o que falou o
profeta Jeremias. Antes disso teve mais dois exílios, o primeiro em 609 Ac, e o
segundo em 598AC onde o jovem Joaquim se rende voluntariamente, sendo levado
com os demais da nobreza cativos para a Babilônia, Matanias seu tio assume como
rei e com o nome de Zedequias o qual foi o último rei de Judá, morrendo cego e sem
filhos como descendência.
Daniel foi um dos
sobreviventes da realeza que foi exilada, ele e seus amigos, Ananias, Misael e
Azarias. O qual foram escolhidos para servirem o rei. E seus nomes foram
mudados, Daniel foi conhecido como Beltessazar, Ananias como Sadrake, Misael
como Mesaque e Azarias como Abedenego.
Depois da destruição do templo
e seu saque, junto a ruína de Jerusalém, eles tiveram que conviver com o modo e
costumes dos caldeus na Babilônia, na terra de Sinear, onde hoje e o país do
Iraque, não por acaso, pois Iraque vem de Ereq, nome dado por Ninrode, mais
tarde a região foi batizada com esse nome pelos árabes mulçumanos. Daniel junto
com os três amigos tornam se servos e sábios do rei, letrados e versados na
ciência e língua dos caldeus, e foram os que atingiram o alto comando do
governo do rei Nabucodonosor. Eles correram risco de morte por causa do sonho
do rei, foram jogados na fornalha e um milagre os salvaram, Daniel foi parar na
cova dos leões, mas Deus o salvou de ser devorado. Enfim Daniel, sobreviveu e assumiu
cargo do alto escalão por três impérios, o babilônico, o medo e persa.
Daniel segundo Flavio Josefo
em sua obra “A história dos Hebreus” era da nobreza da linhagem de Zedequias,
ficou conhecido, por sua dieta alimentar e não se corromper com alimentos
oferecidos á ídolos pagãos, ele e seus companheiros foram instruídos nas
ciências como astrologia, astronomia, matemática e língua dos caldeus que era
de um certo grau de dificuldade, eram chamados de magos e encantadores, que na
Babilônia antiga tinha a haver com ciência psíquicas, que o leitor entenda!
E tudo mais Daniel foi um
político, versado nas artes e ciências da época, um homem que nunca perdeu sua
essência como um israelita, mesmo rodeado com muitas tentações mundanas. Ele
orava três vezes ao dia em direção a Jerusalém, isso mostra que mesmo o templo
de Salomão destruído, o espírito que unira os Israelitas continuava vivo ao
longo dos anos, foi o que previu o profeta Jeremias que seriam setenta anos de
cativeiro, mas o remanescente seguiu fiel.
Daniel era chamado de espírito
excelente, fato que o levou a ser melhor que os outros magos do reino e isso
lhe causou problemas, mas Daniel continuou a servir os reis seguintes, chegando
até o primeiro ano do Rei Ciro.
Sem mais demoras vamos falar
da sua mais importante profecia, o sonho de Nabucodonosor. Os magos não estavam
conseguindo decifrar o sonho do rei, ele ameaçou a matar todos eles, inclusive
Daniel. O mesmo Daniel salvou a vida de todos eles afirmando que decifraria o
sonho do rei. É o que vamos comentar a seguir
CAPÍTULO 2
A ESTÁTUA HIBRIDA
Daniel faz uma oração ao Deus
Criador dos Céus e Terra reconhecendo a soberania do Eterno, pois ele coloca
reis e tira reis, muda estações e tempos, o que da sabedoria e discernimento.
Ele próprio reconhecia que tudo estava no controle do Eterno, então veio a
visão da estátua com cabeça de ouro, braços
e peitos de prata, cintura de bronze, pernas de ferro, com pés e dedos
misturados com ferro e barro e lhe foi dada a explicação do sonho ao rei, e uma
pedra se soltou sem nenhuma mão humana e atingiu os pés de ferro e barro da estátua
fazendo a despedaçar e vento a levou embora sem deixar nenhum vestígio, e a
pedra que atingiu a estátua começou a
crescer até se transformar em uma
montanha que encheu toda a terra.
Essa foi a explicação:
-A cabeça de ouro foi o
reinado de Nabucodonosor, o império que foi o mais rico da Terra, A Babilônia
nesse período foi a mais poderosa e rica entre os impérios, possuía monumentos
e edificações de ouro, em seu domínio que ia do Elam ao mediterrâneo, incluído
reinos antigos como o hitita, o de Israel, assírio, sírio arameu, Moabe, Amon, Edom,
Nabateu e Egípcio. O reino poderoso desde a época do pai de Nabucodonosor,
chamado Nabopalassar, nesse período que com a ajuda dos medos, elamitas e Cithios
ou citas (russos ou magogianos), conseguiram submeter a Assíria ao norte,
acabando com seu domínio de terror. E que seu reino passaria para outro reino;
-Tronco e braços de prata foi o
momento dos medos e dos persas, que se unificaram em um só sobre o comando de
Ciro o grande, o primeiro rei dos persas com sangue medo, por isso o tronco com
dois braços. E outro reino se levantará;
- O quadril de bronze, foram
os gregos, povos que reinaram o mundo conhecido da época, os gregos eram
conhecidos por sua sexualidade, gostavam de provar todas formas de sexo, eis a
cintura de bronze, seu auge veio quando Alexandre o grande assumiu o trono da
Macedônia, já tinha a Grécia nas mãos devido
as constantes guerras civis entre os gregos, que favoreceu para a conquista do
jovem rei, ele partiu para conquistar oriente que já estava sob jugo desde a
Babilônia, agora sob o domínio medo-persa, ele destrói a cidade de Tiro, que
era uma ilha fortificada, e não mediu esforços para fazer uma ponte de terra ligando
a ilha ao continente e enfim conquista-la e não a poupou, incendiou e destruiu a fortaleza inteira, nesse momento
os judeus já estabelecidos em sua terra novamente, deixam Alexandre entrar em
paz e são poupados, ele conquista a Síria,
e no Egito e coroado como Faraó o deus
vivo, imprensando a Pérsia até que seu último
rei foi morto e todo império criado por Ciro fica nas mãos de Alexandre, que
chega até o Punjab na Índia, mas ele morre aos 33 anos de uma febre
provavelmente a tifoide, e seu reino e divido por seus generais, e fragmentado
cai nas mãos de um outro reino;
-As pernas de ferro, que
chamamos de Império romano, que conforme descrição de Daniel, era um império
militar e opressor, que esmagava tudo que via em sua frente sem condições para
resistência. Era assim que ficou conhecido Roma, os derrotados os chamaram de exército
de ferro, o império com exército duro como ferro, que por onde passava esmagava
e destruía a todos e tudo que resistisse a eles, um comentário de um bretão que
foi subjugado deixa bem claro como era conhecido o exército romano:
-São ávidos e ladrões que se
apoderaram do mundo todo, destroem nações inteiras deixando as um deserto, e
depois a chamam de paz romana;
-As duas pernas de ferro com
pés e dedos misturados com ferro e barro, significa que o império foi dividido
em duas partes, assim foi com Roma que para evitar o colapso administrativo se
dividiu em duas partes o império romano do ocidente que abrangia o norte da África
até a Grã-Bretanha, o império romano do oriente abrangia desde a Grécia, o
oriente médio até o Egito. Um mais forte admirativamente que o outro, causa
disso o oriental sobreviveu mil anos a mais que o ocidente, e passou a se
chamar de Bizantino com características gregas e orientais. O ocidente caiu por
conflitos internos e guerras civis, e a invasão dos bárbaros foi uma consequência,
já que as regiões conquistadas em muitas vezes não tiveram resistência, pois
queriam os povos dessas regiões se livrar do julgo de Roma que durava seiscentos
anos, que decretou a queda do ocidente em 476DC.
O império do oriente foi o que
se manteve por quase mil anos, teve seu auge no governo de Justiniano que
conquistou muitas terras perdidas no ocidente, restaurando a força e o poderio
do império romano outrora possuía, criou o direito civil, que foi base para as
nações modernas. O império bizantino foi
responsável pela primeira cisão do cristianismo, eles eram ortodoxos, não
pretendiam ficar sob julgo da autoridade papal em Roma por isso até os dias de
hoje há uma divisão entre o ocidente e o oriente em comando da igreja católica.
O ocidente ficou com a administração do Vaticano, e o leste europeu e pequenas
comunidades, entre elas os coptas do Egito, os etíopes, os libaneses os gregos
e russos, ficaram com a administração dos patriarcas, sem responder ao Vaticano
atualmente. O império Bizantino caiu nas mãos dos turcos em 1452DC, antes disso
perdeu seus territórios para expansão árabe com uma nova religião, o islã. No
decorrer da história, novos reinos ou estados atuais se originariam do que um
dia foi o império romano, com suas instituições e leis formaram grandes reinos
e impérios tanto na parte ocidental como na oriental, mas não com a força do
ferro que tinha Roma e suas legiões. Para manterem o poderio ambos faziam
uniões em casamento, mas a união não duraria, pois eram reinos híbridos, barro
e ferro nunca se fundirão. Assim foi com os reinos do ocidente na qual
falaremos adiante.
Vamos falar porção ocidental
que caiu oficialmente em 476 AC. O império romano se fragmentou em vários
estados bárbaros, mas alguns tiveram reorganização e aproveitaram as
instituições romanas e se fortaleceram, intrigas palacianas, contrato de
casamento com realeza, fizeram os reinos menores desparecerem ou serem
engolidos pelos reinos mais fortes. Mas o desejo imperialista, a vontade de
seus governantes de se igualarem aos césares romanos, nunca desapareceu da
cultura da Europa, e nem da parte oriental. Pois desses cinco se destacaram
como imperialistas e conquistadores, segue abaixo:
-Portugal, que começou sua
expansão marítima, conquistou terras na América do Sul, como o Brasil, no
continente africano e asiático. Portugal era uma província do império romano,
chamada Lusitânia, era chamada a última flor do Lácio. Sofreu a invasão dos
Suevos, povos bárbaros que dominaram a região, e contribuiu para o idioma atual
o português. Seu nome veio da antiga cidade romana na Galícia chamada Portus Cáli,
hoje a cidade do Porto. O condado portucalense passou a se chamar de Portugal.
A riqueza e sua língua como literatura influenciou suas colônias que hoje é a
sétima língua mais falada do mundo.
-Espanha, teve um passado
ligado ao de Portugal, formaram a Ibéria ou Hispânia, província romana, mais
tarde invadida e ocupada pelos visigodos, povos germânicos que reinaram até 711
com a ocupação mulçumana dos mouros no norte da África. A reconquista cristã na
península ibérica se deu em 1492, onde começaram as grandes navegações, a
Espanha conquistou mais territórios que Portugal, dois impérios em choque. Prova
disso o tratado de Tordesilhas. Praticamente o que era o velho oeste americano,
o estado da Florida, a América central e Caribe, e da américa andina até a Patagônia
são de influência espanhola. Hoje o espanhol estandarte ou castelhano é a
segunda língua mais falada no mundo. Controlou também a Holanda.
-Grã-Bretanha, no passado a
ilha foi habitada pelos bretões, povos de origem celta, que foram ocupadas
pelos romanos por quatrocentos anos, e depois abrindo caminho para a conquista
de tribos de anglos e saxões vindo do atual território da Alemanha. Eles
aproveitando o declínio dos impérios português e espanhol, tiraram vantagem
disso, os britânicos foram o até a segunda guerra mundial o que chamamos de o
império onde o sol nunca se punha. No extremo oriente, na América e na Oceania.
Hoje vários países independentes ainda detém o símbolo do Reino Unido em reverência
a rainha.
-França, foi a província do
império romana a mais rica, era chamada de Gália, abrangia países como Suíça,
Bélgica, Holanda, e parte da atual Alemanha. Teve seu apogeu na época de Carlos
Magno que foi responsável de trazer de volta as glorias do império romano, com
as conquistas de território pertencentes ao império, estimulou o latim, e as instituições
romanas em seus domínios que abrangiam a França, Alemanha e Itália. Mas tarde o
imperialismo francês tomou força com Napoleão Bonaparte, com seu plano de
dominar toda Europa.
-Império Austro-húngaro, foi
sem dúvida um dos impérios mais importantes da Europa, a Áustria já era
conhecida por sua realeza através dos Habsburgos, princesas como Maria
Antonieta, e até a Princesa Leopoldina no Brasil, são exemplos de como a coroa austríaca
formava suas princesas para alianças em casamento.
O império Austro- húngaro, foi
uma união de estados que envolvia as coroas da Áustria, Hungria, e países
eslavos nos Balcãs. Foi dissolvido no fim da primeira guerra mundial.
Na parte oriental após a
dissolução do império bizantino, temos:
- Egito, pais que se manteve
influente durante a idade média e atualmente, e o líder da Liga Árabe. Sendo
ele mesmo com distinção dos demais países árabes, mantem sua identidade
própria, até mesmo o árabe é adaptado com linguagens e nomes próprios dos
egípcios. Eles não se consideram árabes, mas exercem influências no mundo árabe
inclusive fez uma união com a Síria com o nome de República Árabe unida, que
logo fracassou;
-Síria tem seu protagonismo
desde a antiguidade, sua capital Damasco foi centro do império islâmico;
-Iraque, já abrigou impérios
antigos como o assírio e caldeu, sua capital Bagdá foi o centro comercial e cultural
do mundo árabe;
-Jordânia, fora no passado os
reinos de Moabe e Amon, ainda atualmente exercem muita influência no mundo
árabe, em seus domínios hoje são compostos por regiões que um dia foram Edom,
Nabateia e Midian.
-Turquia, estabelecida onde
antigamente era chamada de Anatólia ou Asia menor, onde Bizâncio ou
Constantinopla estava localizada, hoje é chamada de Istambul. O conquistador do
império bizantino o Sultão Maomé II, torna se senhor dessas terras, entra em
Constantinopla e se declara herdeiros dos Césares romanos, fundador de um
império que abrigava Síria, Egito, Iraque, Jordânia, Líbano, Grécia, Bulgária e
toda a região dos Balcãs.
Esses são exemplos de antigas províncias
do império romano o império resistente como ferro, mas como são misturados ao
barro, não teriam ela gloria de Roma, os impérios floresceram e logo
sucumbiram, note se que as tentativas de unificação foram muitas, o desejo
desses impérios replicarem a glória dos césares, foram frequentes, o sentimento
imperialista e de unificação ainda rege na Europa moderna com a comunidade
europeia ou a zona do Euro, e no oriente médio a liga árabe faz a vez.
Por fim a pedra que se solta
se ajuda de mãos humanas que destruiu a estátua pelos pés de ferro misturado ao
barro, significa, que o reinado do altíssimo destruirá o poderio desses reinos
na terra e fará o seu reinado de justiça e por toda a eternidade.
CAPITÚLO 3
OS QUATRO ANIMAIS
No capítulo 7 de Daniel, temos
uma outra visão com animais, essa simbologia é antiga e ainda hoje e usada por
nações da atualidade, pela simbologia de animais identificamos uma nação, por
exemplo: a águia representa claramente os Estados Unidos; o dragão em forma de
serpente e a China, outro dragão com asas se refere ao País de Gales e assim
segue por vários exemplos. No relato bíblico não seria diferente, pois essas figuras
indicavam nações e impérios da época. Vamos falar sobre eles:
-Leão com asas de águia;
-Urso com três costelas em sua
boca;
-Leopardo com quatro asas de
pássaros e quatro cabeças;
-A besta com dentes de ferro,
quatro chifres e saiu um chifre que falava arrogância.
Antes de iniciarmos, devo
orientar que prestem muita atenção aos detalhes, pois muitas dessas visões,
estão em apocalipse, revelado séculos a frente, portanto como diz em
Eclesiastes capitulo1 verso 9, que não há nada de novo debaixo do sol, tudo que
aconteceu em uma geração torna a se repetir na outra. Portanto muda-se o cenário,
mais o tema principal é o mesmo.
Vamos falar do primeiro
animal:
-Leão com asas de águia,
símbolo dos impérios assírios e Caldeus (babilônico). Eram impérios quase
divinos em sua época, foram lhes tirado a força, para reino comum e vassalo do
reino que vem a seguir;
-Urso com três costelas em
seus dentes, e foi erguido por um dos lados e dado a ordem para devorar carne.
Bom! Esse animal é muito
interessante, porque se observarmos a história da região, desde o tempo do
império assírio, ouve uma coligação entre os medos, caldeus os Cithios ou
citas, povos ao norte da Assíria, tinham muito contatos com os medos, muito
provável serem mercenários de guerra. Eles se uniram para derrubar o poderio da
Assíria, e de fato conseguiram, época que Nabucodonosor era ainda general do exército
dos caldeus ou babilônico. Os citas são o que chamamos de russos ou magogianos
hoje, com uma coligação com os medos o símbolo era de um urso.
Mais tarde essa mesma
coligação agora com os persas que tiveram suas bases no Elam, derrubaram o
império Babilônico, Babilônia da noite para o dia passou seu poder para o
domínio medo-persa. As três costelas em sua boca que esse império devorou o que
sobrou dos impérios anteriores, ou seja, Egito, Assíria e Babilônia
-O leopardo que tinha quatro
asas de pássaros e quatro cabeças, significa o império grego macedônio comandado
por Alexandre o Grande, assim como o leopardo que percorre grandes distancias,
cerca de 50km por hora, sobe em arvores, que significa agilidade e destreza, esse
foi o exército de Alexandre, que conquistou todos os domínios do império
medo-persa, chegando Índia.
Alexandre morreu novo, na
Babilônia, vitimado por uma febre, e seu império foi dividido entre seus quatro
generais: Seleuco, Lisimaco, Ptolomeu e Cassandro.
-A besta com dentes de ferro e
dez chifres muito forte que devorava e esmagava o que restou desses impérios e
saiu um chifre que falava com arrogância. Esse é o império romano, tão poderoso
que ninguém conseguia resistir sua investida, varria e devastava o seu inimigo
com o poder do seu exército que foi avassalador. Os dez chifres são os dez
reinos ou países que surgiriam após seu desmembramento. E no futuro um chifre
ou uma autoridade vai surgir e desafiar os poderes do Céu.
Prestem bem atenção! Como essa
visão está em apocalipse, vamos rever essas figuras para os dias de hoje:
- Leão uma simbologia forte no
Islã;
-Urso símbolo da Rússia tem
ligação política com região, já que muitos países ao norte pertenceram a antiga
União Soviética;
-Leopardo, símbolo proposto
para união islâmica da região;
Besta com dez chifres, são os
países que já pertenceram ao império romano com influências imperialistas no
ocidente e oriente. Deles sairá um ditador que se proclamará o senhor do mundo.
Sempre quando se fala em chifres, não e exatamente uma criatura maléfica
personificada na idade média. Chifre significa poder, autoridade, o mesmo que
asas, para qualquer ser, sendo anjo ou uma criatura significa sua patente seu
grau de importância em seu domínio.
Daniel e o livro de apocalipse
falam muito dessa criatura e os dez chifres, que nascerá um chifre arrogante. Isso
significa uma autoridade, governo ou poder, estamos falando de um ditador nos
últimos dias vindo desses dez reinos que um dia foram parte do império romano.
Nota se que Roma não foi destruída, suas instituições e leis ainda são usados
pelos estados modernos da Europa e mundo a fora. O ocidente utiliza a cultura
greco-romana até nas guerras. E mais uma vez a visão relata que esses reinos e
o ditador dos últimos tempos terão que prestar contas ao Criador dos céus e
terra, pois o estabelecimento do seu reinado será eterno, colocando esses
reinos terrestres no desprezo e esquecimento.
Esse chifre pequeno será pior
que os reinos anteriores, se trata de um ditador, ele mudará os tempos e as leis,
provavelmente vai requerer toda adoração a ele, perseguirá os santos,
provavelmente, isso acontecerá depois do período da apostasia que ocorrerá no
mundo.
Não podemos confundir essa
visão do chifre pequeno com Seleuco Epifânio, o rei macedônio que quis colocar
a estátua de Zeus no templo de Jerusalém e fazer os judeus da época renegarem o
Deus Altíssimo. Ainda chegaremos lá, pois as profecias de Daniel, falam da
experiência que os judeus tiveram, e outra parte fala referindo se a nós os
gentios, que vamos passar por esse período de tribulação.
Agora vamos falar dos animais
da visão de Daniel sobre o bode e o carneiro, no capítulo 8 de Daniel, já fala
da saga dos impérios medo-persa e o grego-macedônio.
Em sua visão o carneiro com
dois chifres se movia para o leste e oeste e nenhum animal podia detê-lo. Logo
em seguida veio do oeste um bode passando por toda terra sem tocar o chão. Esse
bode possuía um chifre entre os olhos e aniquilou o carneiro com dois chifres.
O bode ficou muito mais forte e o chifre grande se quebrou dando lugar a quatro
chifres em direção aos quatro ventos do céu. De um deles nasceu um chifre
pequeno que se tornou tão grande que alcançou os exércitos do céu e atirou-se
com violência contraparte dos exércitos do céu e das estrelas que estavam ao
chão e pisou neles. Ele se considerava tão grande quanto o príncipe do exército,
e a oferta queimada regular apresentada a Ele foi interrompida.
Bom esse texto trata de dois
impérios que os judeus dos pós exilio presenciaram.
-O carneiro de dois chifres
este representa o império medo-persa, um império que se formou com a união de
dois povos, os medos e persas, por isso a descrição dos dois chifres do
carneiro. Os soberanos do império medo- persa eram chamados de reis pastores,
devido ao tratamento que dispensavam aos povos em seus domínios, os judeus da época
se beneficiaram dessa bondade dos soberanos persas, quando voltaram do exilio e
reconstruíram Jerusalém e o templo, com o financiamento do governo persa. Em
seus domínios os Soberanos persas, promoviam a prosperidade em suas províncias
e assim evitavam revoltas. Por isso o símbolo de carneiro.
- O bode com um chifre entre
os olhos representa o império greco-Macedônio, sobre o comando de Alexandre o
grande. Um jovem rei com ambições desenfreadas, conta- se que ele realmente
assolou e sufocou o império persa, onde havia resistência ele praticamente exterminou,
como foi o caso da cidade de Tiro, que era em uma ilha, Alexandre com seu
exército construíram uma passagem de terra que ligou a ilha ao continente e
depois destruiu a cidade queimando-a. Essa passagem ainda existe nos dias de
hoje. Com extrema violência Alexandre o grande assolou o império persa a tal
ponto que o rei persa Ataxerxes III ofereceu um acordo de paz com as condições
que Alexandre ficasse com o ocidente e ele com o oriente, mas é claro Alexandre
recusou, e Ataxerxes III encontrou sua morte sendo traído após sua fuga de
Alexandre. Eis o porquê a visão fala da violência do bode contra o carneiro.
Alexandre chegou a Índia, na
região o Punjab, e ficou triste por não ter mais terras para conquistar. Ele
morreu na Babilônia vítima de uma febre tifoide. O chifre grande se quebrara.
Então no lugar nasceram quatro chifres, ou seja, os seus generais dividiram o
reino de Alexandre são esses:
-Ptolomeu ficou com o Egito
onde sua dinastia terminou no reinado de Cleópatra que se suicidou com Marco Antônio;
-Seleuco ficou com a
Mesopotâmia e a Pérsia;
-Lisimaco ficou com a Anatólia
e Trácia
-Cassandro ficou com a Grécia
e Macedônia.
Desses reinos houve muitos
acordos e união, e intrigas palacianas, a Síria e Palestina hora passava para o
domínio do Egito ptolomaico ora para o domínio Selêucida. Foi nesse período que
entrou no poder Antioco Epifânio ou Antioco V que fez acordo de paz com os
judeus para entrar no poder e logo depois quis impor o helenismo em todo seu território
inclusive na Palestina, onde causou revolta dos Judeus, e começou a perseguição
judia. Ele proibiu a prática dos costumes do judaísmo, o culto ao Deus vivo no
tempo de Jerusalém. A proibição foi com ameaça de morte. Antioco Epifânio foi o
que chamaram de chifre pequeno. Ele fez alianças com os samaritanos com a
promessa de um templo em Samaria, em troca profanaram o templo em Jerusalém colocando
uma cabeça de porco, considerada impura nos rituais judaicos, eis a origem da
inimizade entre judeus e samaritanos.
Por fim Epifânio ordenou a instalação
da estátua de Zeus no lugar santíssimo do templo. E foi aí que começou a
revolta dos Macabeus, nesse período Epifânio martirizou muitos judeus por não
negarem a fé, o relato mais conhecido foi o martírio dos Macabeus. Por fim Epifânio
morreu provavelmente de câncer. Assim foi cumprida a profecia que sem
intervenção humana Epifânio foi punido. Pois ele sessou o sacrifício do templo
por mais ou menos seis anos. As duas mil e trezentas e manhãs que foi
purificado por Judas Macabeu, e no ano seguinte Epifânio morre em 164 AC.
Como podemos verificar, os
judeus já presenciaram no seu tempo uma espécie de anticristo, e já houve ainda
outros dois, como os imperadores romanos Calígula e Nero. Esses foram do mesmo
perfil de Epifânio.
E no fim dos tempos haverá esse
tipo novamente, durante toda a história desde Ninrode houve uma tentativa de
apagar o Deus vivo do curso humano e usurpar sua adoração.
CAPÍTULO 4
DO DECRETO DE CIRO Á DESTRUIÇÃO DO TEMPLO E DIAS
FUTUROS.
Outra visão de Daniel no capítulo
9 fala do decreto de reconstruir Jerusalém até a vinda do príncipe ungido serão
de sete semanas de anos. O messias
permanecerá em seu lugar por sessenta e duas semanas de anos e será eliminado.
Então virá um povo de um príncipe que ainda está por vir, destruirá a cidade e
o santuário, mas seu fim virá com inundações e desolações até a guerra acabar. Ele
fara aliança firme com líderes por uma semana, Na metade de uma semana ele dará
fim aos sacrifícios e a oferta de grãos. Sob a ocorrência de coisas detestáveis,
o desolador virá e continuará agir até que a destruição decretada seja vertida
sobre ele.
Sobre essa visão, Daniel prevê
o decreto de Ciro para a reconstrução do segundo templo foram 70 anos e mais a
vinda do Messias foram 490 anos. Sessenta e duas semanas, refere-se ao ano 66DC
que começou a guerra civil dos judeus, e que Roma iniciou uma intervenção
militar na Palestina, em 70 o templo foi destruído e Jerusalém devastada pelo exército
romano. Nesse período o Messias é morto
e ele próprio prevê a destruição do templo e Jerusalém seria pisada pelos
gentios, pois daí Roma assume o controle de Jerusalém, os judeus expulsos, e seu
território perde a independência passando ao comando do Governador da província
da Síria. E nessa mesma visão Daniel fala do fim que haveria um dos moldes de
Epifânio que fará acordo com líderes por sete anos, e na metade desse período o
acordo é quebrado e fará abominações de que Epifânio.
E o anjo Gabriel explica a
profecia a Daniel no capítulo 11, e explica que há uma guerra terrível contra o
principado da Pérsia, e que Miguel batalhava para abrir caminho para Gabriel
enviar a mensagem, e afirma que ainda existe um principado da Grécia. Isso nos
capítulos 9 e 10. No capítulo 11 Gabriel da detalhes do futuro. Pois Daniel servia
a Dario o meda de nascimento, e revela que três reis persas surgirão e o quarto
será o mais rico e instigará guerra contra a Grécia provavelmente foi Dario I.
Logo em seguida fala de Alexandre o Grande, que conquistou todo o império
persa, logo após sua morte, o império ficou dividido entre seus generais e fala
das intrigas palacianas entre o Egito de Ptolomeu e Seleuco com a Síria,
Babilônia e o que restou do império persa. Essas disputas ficariam conhecidas
como alianças entre os judeus por optarem por um dos lados, e o corredor
siro-palestino foi por anos disputados por dinastias ptolomaicas e selêucidas. Nesse
período a cidade santa é invadida e saqueada várias vezes, nas disputas de impérios,
como os Ptolomeu, selêucidas, os partos até mesmo os romanos. Tudo por alianças
feitas com soberanos da dinastia dos Macabeus, até a chegada de Herodes, de
origem edomita que entrou no poder com aliança de casamento, começada por seu
pai. Edom e países das redondezas estavam sob domínio do reino Macabeu e
forçados a conversão do judaísmo. Herodes por casamento com a princesa Mariana
sobe ao trono de Israel, e não mede esforços para se manter no poder, tira tesouro
do templo, para costurar alianças com o Egito e mais tarde com Roma. A atitude
dele não tem limites chegando até mesmo querer saquear a tumba do rei Davi. Mais
uma vez o ditador que intenta sentar-se no trono do Altíssimo é citado, revela
a mesma estratégia de Epifânio, que irá controlar toda a região.
Por fim no capítulo 12 nos
dias finais Miguel se levantará para salvar seu povo, isso e o futuro no fim
dos tempos, onde haverá aflição maior do que aquela no período helênico e
romano, revela o período em que Israel se torna uma nação até aquele momento
futuro. Nesse período 14 de maio de 1948 que é decretado o Estado de Israel, até
os dias de hoje tem acontecido muitas batalhas e Israel venceu todas, a guerra
dos seis dias, a guerra do yon kippur, onde tem se derrotado países como Egito,
Síria, Jordânia e Líbano. E fala do tempo do fim onde os que estiverem no livro
da vida serão salvos.
CAPÍTULO 5
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como podemos verificar, as
profecias de Daniel, foram visões do futuro político e histórico dos governos
mundiais, e visões que contam o futuro dos gentios e do Israelitas.
Do capítulo 1 ao 7 a profecia
fala do futuro dos reinos dos gentios ou reinos mundiais, suas ações e como
serão julgados nos dias finais:
-Babilônia;
-Medo-persa;
-Império grego;
-Império romano;
-Império romano se divide em
dois: ocidente (Europa e norte da África),
e oriente (Balcãs, oriente médio e Egito);
- O ocidente cai e se
fragmenta, formando as principais nações com influências imperialistas,
culturais e linguísticas. Segue a França um reino formado por galo-romanos e francos,
no tempo de Carlos magno que em seus domínios estavam a atual Alemanha, Itália,
Holanda, Bélgica, Suíça e Áustria. Séculos mais tarde volta ao senário mundial
com Napoleão Bonaparte;
- A Espanha depois de se
libertarem do domínio mouro, se lançou as conquistas de terras com as Américas,
outrora foi uma potência mundial, por causa das riquezas das colônias, tendo
dominado também o território da Holanda;
- Portugal foi uma grande potência
marítima, tendo controle em terras da América, África e Asia;
-Reino Unido da Grã-Bretanha,
potência mundial, que cresceu no fracasso de Portugal e Espanha. Suas
influências são vistas pelo mundo até hoje, Nas Américas. Sudeste asiático,
Oriente médio e Oceania.
-Império Austro-húngaro, que
foi uma união de pequenos reinos da região do Danúbio. Teve influências em
outros reinos por causa a herança dos Habsburgos, que formavam princesas a
serem dadas a casamento, e faziam as alianças com outras nações da Europa.
-Do oriente, teve suas terras
sendo conquistadas pelos árabes, mais tarde sua capital Constantinopla caiu em
poder dos turcos otomanos, eles formaram um império que se dissolveu na segunda
guerra mundial são eles:
-Os turcos, que substituíram o
império bizantino, tendo seu sultão Maomé II se considerando o herdeiro do
trono dos Césares. Hoje é a atual Turquia que abrange o território da Anatólia
ou Asia menor. Com muita influência na união islâmica;
-Iraque, país herdeiro dos
impérios assírios e babilônico, sua capital Bagdá foi o centro cultural dos
países islâmicos por muitos séculos;
-Síria, esteve no foco pois
sua capital Damasco, foi a capital do grande império islâmico, teve muita
influência no mundo islâmico, chegou a tentar com o Egito uma união entre os
dois países;
-Egito, sem dúvida ainda hoje é
com a Turquia e Arábia, líderes da liga árabe e países islâmicos, eles possuem
identidade própria que nem as conquistas de impérios anteriores tiraram o
orgulho de se chamarem de Misreu, o nome do ancestral dos egípcios. Como já foi
dito tentaram unificação, mas não deu certo.
-Jordânia, sendo o país mais
liberal do mundo islâmico, a Jordânia e formada pelo que antigamente era Moabe
e Amon, Edom, Nabateia e Midian, inimigos de Israel.
Nota se que hoje temos os
europeus de um lado e a liga árabe e islâmica de outro lado, ambos oriundos da
herança greco-romana do império romano. Tanto os europeus como os islâmicos
formaram suas bases no que foram deixados pelos gregos e romanos, o desejo de
ter a glória dos césares ainda resiste depois de muito séculos. E suas
tentativas de alianças para formar uma coalizão foi de certa forma constante
até os dias de hoje. Mas como foi dito jamais chegarão há uma unidade como foi
de Roma. Suas tentativas podem durar
algum tempo, mas não prevalecem.
O interessante que desses
reinos, sairá o ditador com as qualidades de Ninrode, Epifânio, Nero e Calígula.
Do capítulo 8 a 12 a visão e
para o povo de Israel, ela conta como seria a experiência de Israel desde a
volta do exílio até os dias de hoje:
-O decreto de Ciro o qual foi
profetizado por Isaías;
-As passagens dos impérios por
Israel, os persas, que passariam quatro reis no poder;
-Logo depois disso o império
persa cairia nas mãos dos gregos por Alexandre o Grande;
-Alexandre morre e seu império
é dividido entre seus quatro generais, e muitas guerras entre si,
principalmente entre os Ptolomeus e selêucidas na qual a disputa por Israel
está inclusa. Desses reinos viria o chifre pequeno, o arrogante Antioco
Epifânio, que depois de fazer um acordo com líderes judeus, se mostrou um
ditador e perseguidor do povo judeu, que com força tentou helenizar Israel
proibindo culto e práticas da lei de Moisés, ele passou dos limites quando usou
os samaritanos para profanar o templo com um sacrifício de porco, e por uma estátua
de Zeus no lugar santíssimo.
-Por mil e duzentas tardes o
sacrifício foi interrompido, e a guerra dos Macabeus e iniciada por Matatias e
seus filhos, uma família de sacerdotes. Uma revolta que durou seis anos com a
morte de Epifânio e o templo purificado.
-Anos depois a independência do
Reino sacerdotal de Israel é assegurada, até o acordo com Roma como aliados,
mais tarde, Israel torna-se vassalo de Roma
-Por meio de aliança de
casamento com a princesa Mariana o Edomita Herodes toma o trono de Israel pondo
fim a dinastia dos Macabeus (Hasmoneus). E assim firmou aliança com o Egito
ptolomaico e mais tarde tornou-se vassalo de Roma;
-Entra-se o período que o
messias surge entre seu povo, ele e morto, mais alguns anos o templo e a cidade
são destruídos pelos romanos;
Entra o período atual o povo
de Israel tem seu lugar e sua nação restaurada, luta com antigos inimigos,
egípcios, sírios, jordanianos e libaneses, e vencem todas as guerras
milagrosamente.
E por último virá um ditador oriundo
de um desses países que foram um dia parte do império romano, e fará acordos e
romperá fazendo abominações como fez Antioco Epifânio, e Miguel príncipe do
povo de Israel os salva milagrosamente os que estiverem escritos no livro da
vida, ressurgirão para a salvação.
São essas as interpretações das
visões e Daniel, para seu povo e para os povos gentios. Onde no final haverá
uma promessa de ressureição para os últimos dias em que o Altíssimo irá julgar todas
as coisas, os que dormem ao pó da terra serão despertados, uns para a vida
eterna outros à para a vergonha eterna.
Assim será o futuro. Muitos
fatos já se cumpriram, e como está escrito que no futuro a ciência e
conhecimento se multiplicariam, isso já acontece nos dias de hoje, Então as
profecias do fim já estão próximas.
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